O jornal da Angola do MPLA, que segue uma linha redactorial muito sinuosa, dirigida pelo Victor Silva, para favorecer a propaganda do “reigime” angolano, dizia que o satélite que irá substituir o satélite moribundo, afónico, começava a ser construído na terça-feira. Estamos com muita curiosidade em seguir esse processo. Já está pronto? Ainda demora muito? Ou virá lá pró Natal, quando chegarem as prendas?
Por Domingos Kambunji
As pessoas do nosso bairro fartam-se de rir quando vêem o ministro da telecomunicações na televisão. O homem transpira, por todos os poros, um narcisismo megalómano e matumbo. José Carvalho Rocha garante que “Angola está na indústria espacial para não mais sair”.
As pessoa mais atentas e educadas reagiram com alguma indiferença a este grande disparate do ministro de João Lourenço, o que dizia que iria instalar a Califórnia em Benguela. É por isso que, após tantos disparates demagógicos, a credibilidade destes cómicos está como a grande maioria das estradas em Angola, enlameada e cheia de buracos.
Desde quando é que Angola está na indústria espacial? O que os kapangas do MPLA fizeram foi encomendar um satélite à Rússia que, por infortúnios da incompetência e da desgraça, nasceu deficiente, anti-social, mudo, incapaz de comunicar com os “patrões”.
Uma desobediência deste tipo não será um “atentado contra a segurança do Estado, organizado e implementado por um malfeitor”? Onde é que andam o juiz Januário Domingos e o “ex-Porcariador Geral da Reipública” para ainda não terem sido capazes de julgar e condenar a cadeia o satélite?
Porque será que estes kapangas do MPLA são tão vaidosos e têm a mania das grandezas quando o nosso país em actividades empresariais está situado, a nível mundial, no lugar 145, de acordo com o Legatum Institute? Os nossos governantes têm a mania que Angola é uma potência regional e a realidade diz-nos que estamos entre os países mais atrasados e mais mal governados do mundo.
Será que Angola entrou na era da indústria automóvel só porque começou a importar carros e camionetas do estrangeiro? Estaremos na era da indústria aeronáutica porque usamos aviões fabricados por outros países? Ou Angola estará na era das bicicletas e motorizadas porque as importa dos países com tecnologia capaz de fabricar esses veículos de duas rodas?
De uma coisa temos a certeza, o ministro do governo da Angola do MPLA, José Carvalho Rocha, ao dizer tantos disparates, continua na era da trotinete artesanal de madeira, porque a competência não dá para mais.
João Lourenço se fosse um líder a sério, não apenas o actor principal dos comícios demagógicos do MPLA, deveria convidar estes ministros a estarem calados. A imagem de Angola no mundo inteiro deteriora-se, cada vez mais quando eles, cómicos matumbos, abrem a boca.